Em Roma, faça como se estivesse no Rio, em São Paulo, Nova York ou Paris: cuide bem da sua carteira
Com um roteiro em mãos, lá fui eu para Roma pela primeira vez. Comecei comprando o Roma Pass, o que me evitou amargar longas horas nas filas das principais atrações, e iniciei meu tour. Ao fim do primeiro dia, eu tinha muitas fotos e uma nova amiga brasileira que conheci no Coliseu; parecia um dia perfeito. Parecia.
Na manhã seguinte, o destino era o Vaticano. Mapa à mão e carteira no bolso… Carteira? Maledizione, onde foi parar? Depois de alguns minutos de buscas na bagunça do quarto, desisti. Desacreditava que um paulistano ligado como eu, que já andou pela Rua 25 de Março e pela Praça da República à noite, pudesse ter sido furtado em Roma. Segui meu roteiro, com alguns euros no bolso, mas convicto de que à noite encontraria a carteira em algum canto do quarto. Na volta, niente. Cansado e já sem esperanças, liguei para o banco e cancelei os cartões.
Domingo chuvoso em Roma, malas prontas para Veneza, recebo uma mensagem: “Furtaram meu smartphone no ônibus. Minha bolsa estava aberta!” Era minha amiga brasileira que estava indo a Villa Borghese. Ali caiu a ficha: algum mão-leve levou minha carteira! Segui até o posto policial da estação Termini. Enquanto aguardava, chegaram, em meia hora, três turistas com a mesma queixa, sendo uma brasileira que fora furtada em € 200. Do alemão, levaram passaporte, tíquete aéreo e cartões. Da holandesa, cartões e documentos.
Recebi o B.O. e peguei o trem para Veneza, sabendo que a partir daquele momento se iniciava uma viagem mais humilde, pois, sem cartões e contando apenas com o dinheiro que havia levado, nada de compras, nada de museus de € 15, nada de jantares bacanas.
A viagem foi incrível, mas sinto que deixei um pouco de mim na Itália: cartões, CNH e tudo mais que não pude ver. Falando em CNH, preciso fazer uma nova.